Em seus dois livros mais recentes, American Dynasty e Wealth and Democracy , Kevin Phillips talvez tenha merecido, com razão, o prestigioso apelido de principal analista e crítico da América. Agora, em seu novo lançamento, um tomo de condenação e melancolia com cerca de 480 páginas, Kevin Phillips ataca três forças sobrepostas e crescentes que ameaçam chover no desfile do modo de vida americano. Na verdade, Teocracia americana: o perigo e a política da religião radical, do petróleo e do dinheiro emprestado no século 21 , a US $ 26,95 no varejo ainda é um grande valor porque na verdade são três livros em um, com apenas o suficiente fios tecidos entre os tecidos muito diferentes, mas muitas vezes inter-relacionados para ajudar a ilustrar a tempestade perfeita que se aproxima.
Kevin Phillips, como ex-estrategista e observador republicano por mais de 30 anos, tem um senso aguçado do cenário político e econômico atual. Quando contrastado com suas perspectivas históricas dominantes, o autor é apropriadamente capaz em seu livro de mostrar como as potências mundiais do passado, do império romano ao britânico, enfrentaram e fracassaram nas mesmas circunstâncias críticas que os Estados Unidos enfrentam atualmente no início do século 21 século. A teocracia americana demonstra que essencialmente todas as potências dominantes do mundo são atraídas pelas sereias do alcance global e, por fim, cai nas armadilhas do esgotamento de recursos, da dívida descontrolada e das guerras da religião militante.
Na Parte I de American Theocracy , Kevin Phillips examina as ramificações de nossa preocupação com o petróleo, passado e presente. O livro afirma que a supremacia americana foi derivada de nossa exploração e uso eficaz de uma forma de energia recém-utilizável no cenário mundial. Enquanto outras nações estavam presas em suas inércias de infraestrutura de carvão, vento e água, a América rapidamente percebeu a versatilidade desse ouro negro e alavancou uma nação em torno dele. Na verdade, com apenas cerca de 5% da população mundial, os americanos ainda consomem mais de 25% do petróleo mundial. Mas o suprimento desse precioso recurso sempre foi uma preocupação. American Theocracy aponta especialmente para a Segunda Guerra Mundial, que foi travada pelo Japão e pela Alemanha para garantir seu domínio sobre este combustível fóssil vital para as economias modernas. O livro tem o cuidado de explicar que a própria América esteve fortemente envolvida em seu próprio petroimperialismo durante o século passado. Além disso, o sangue vital de nossa economia está se tornando mais difícil de encontrar e extrair, embora as economias mundiais estejam exigindo mais. Um fato pouco conhecido em tudo isso, enquanto outros suprimentos do Oriente Médio estão se esgotando, é que o Iraque é o último grande reservatório de petróleo do planeta. E tudo isso ainda virtualmente inexplorado, perto da superfície. American Theocracy descreve como o Iraque nunca foi capaz de bombear muito de seu petróleo, com as sanções da ONU nos anos 90, a guerra com o Irã nos anos 80 e assim por diante. Com o manto mal disfarçado de espalhar a democracia e combater o terror, não é de se surpreender, dada a nossa história de petroimperialismo no Oriente Médio, e o fato de haver cerca de um trilhão de dólares em lucros estimados para as empresas (americanas) quem vai bombear, que nos encontramos com tropas no Iraque.
Para complicar ainda mais as coisas, a Parte II deste livro explora o aumento sem precedentes na religião evangélica e sua crescente influência na política americana, especialmente sob a presidência de George W. Bush. Kevin Phillips acredita que os republicanos veem o mundo em termos apocalípticos e se esforçam para moldar a política interna e externa em torno da religião fundamentalista. Essa influência indevida da fé sobre os fatos e da religião sobre a razão (prudente) resultou em políticas ineptas, que só servem para enfraquecer nosso respeito, prestígio e eficácia no mundo. Esse apoio zeloso nos colocou em rota de colisão com grande parte do Islã, aumentando as fileiras, ironicamente, de terroristas, sem mencionar muitos outros erros de cálculo, colocando-nos em perigo de uma profecia que se auto-realiza. Teocracia americana descreve como estamos colocando em risco nosso futuro, já que praticamente todas as guerras são travadas por recursos ou ideologia religiosa. Parece que estamos esgotando o primeiro e temos uma abundância do último.
Na Parte III, a Teocracia Americana afirma qual é a marca tradicional de um poder mundial excessivamente estendido: sobre o consumo e a dívida pública e privada maciça. Enormes déficits comerciais, trilhões de dólares em dívida nacional e especulação financeira, agravados pela influência das grandes empresas e de Wall Street em Washington, só servem para exacerbar o problema. O Partido Republicano, que já foi o ícone de uma política fiscal sólida, descartou seus ideais ao hipotecar a saúde financeira e o futuro de nosso país aos caprichos de outros países, a fim de financiar e manter nosso status quo em todo o mundo.
Teocracia americana: o perigo e a política da religião radical, do petróleo e do dinheiro emprestado no século 21 tem seus críticos. Muitos acham que Kevin Phillips é tendencioso e preconceituoso em sua visão ao abordar as preocupações que ele tem pela direita cristã e sua influência na América hoje. Outros podem achar que ele nem sempre é preciso em seus fatos. Mas isso é de se esperar agitando a panela e, necessariamente, nem sempre sendo politicamente correto. Dito isso, em vista da importância da tese apresentada, de forma alguma diminui nem descarta esses problemas vitais que todos os americanos enfrentam.
